PCP acusa Carreiras de “posição revanchista e anticomunista”

Por CASCAIS24
Fernando Marques, Filipe Rua e Clemente Alves teceram duras críticas a Carlos Carreiras


A comissão concelhia do PCP acusou, esta segunda-feira, em conferência de Imprensa, em Cascais, o PSD e CDS “encabeçados por Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais”, de ter adotado um “posicionamento revanchista e anticomunista”.


Fernando Marques, Filipe Rua e Clemente Alves, membros da comissão concelhia do PCP de Cascais consideram que “no concelho de Cascais foi desencadeada uma forte ofensiva política e ideológica de sectores reacionários contra o PCP traduzindo um posicionamento revisionista e anticomunista”.

E apontam exemplos do que classificam como “tentativas de condicionamento e constrangimento antidemocráticas da ação e intervenção do PCP no concelho”.

 “A sistemática destruição e vandalização da propaganda visual do PCP, os ataques ao Centro de Trabalho do PCP, na Parede, queimando a bandeira do PCP, partindo vidros e estores e fazendo inscrições nazi-fascistas nas paredes exteriores, a não aceitação pelo PSD/CDS-PP/Carreiras que fosse dado o nome de Álvaro Cunhal a uma artéria em S. Domingos de Rana, um homem que sobejamente lutou pelas mais amplas liberdades e pelo multipartidarismo consignados no Programa do PCP e a retirada de 30 estruturas de propaganda do PCP/CDU no dia de reflexão que antecedeu as eleições legislativas de Outubro de 2015, pela Cascais Próxima, por ordem do Presidente da Câmara Municipal. Perante a queixa apresentada por nós a CNE deliberou que a retirada das estruturas foi ilegal”, constituem alguns dos exemplos denunciados pelo PCP de Cascais.


A comissão concelhia denunciou, ainda, aquilo que considera ser a “sistemática falta de respeito pelos eleitos do PCP nos órgãos autárquicos, nomeadamente na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal, onde lhes é cortada a palavra e onde são insultados em total desrespeito pelos eleitos e pelos próprios órgãos”.



“A retirada da funcionária que há anos dava apoio ao Gabinete do Vereador do PCP, uma assessora competente, profissional e da nossa  confiança política, fazendo letra morta do seu próprio acordo e a violação grosseira do Estatuto de Oposição negando-se a dar seguimento aos pedidos de informação formulados pelo Vereador comunista”, são outras das queixas.



“Perseguição”




Os membros da concelhia do PCP de Cascais denunciaram, ainda, a “perseguição ao Vereador do PCP através de multas sistemáticas aplicadas pela empresa municipal Cascais Próxima alegando "estacionamento indevido" quando o seu carro está parado nas mesmas circunstancias dos demais vereadores”.

E, segundo Fernando Marques e Filipe Rua, “o caso da Quinta da Carreira é mais um exemplo perfeito desta nossa afirmação. Aqui, o Vereador do PCP, Clemente Alves, no exercício das suas funções e apoiando um legítimo protesto dos moradores contra uma obra a decorrer num local protegido pela servidão da REN e pelo PDM, foi desrespeitado, agredido, algemado e detido”.

Para a comissão concelhia do PCP, “esta maioria absoluta do PSD/CDS-PP/Carreiras  que viola os princípios mais elementares do Direito português, da liberdade de opinião e de protesto, consignadas na C.R.P, ao pressionar as forças policiais a agirem para além do que as suas funções permitem, está certamente a levar os próprios agentes participantes a porem em risco as suas carreiras profissionais”.

De acordo com os responsáveis pela concelhia do PCP de Cascais, “o presidente da Câmara devia pugnar pelo respeito legal e legítimo dos seus pares na direção do município, independentemente de ser ou não oposição”.

“É com a oposição e sua opinião, que se pode ver o lado mais crítico do nosso trabalho, sendo essa opinião aceite que permite ajustes democráticos e corretos do trabalho em prol da população ao saber ouvir e ajustar os interesses dos que representamos”, defenderam.

Também o recente artigo de opinião de Carlos Carreiras, publicado no jornal I, mereceu por parte da comissão concelhia do PCP duras críticas. “Esta maioria PSD/CDS/Carreiras aproveita todos os meios que tem (e não são poucos) para atacar o PCP, os seus militantes e os seus eleitos como é exemplo o seu artigo no jornal i de 10.05.2017 onde classifica as ações dos militantes e eleitos do PCP de «terroristas» e compara a extrema-direita ao PCP, Partido que conta com 96 anos de história e de luta em defesa do povo português, o único Partido português que lutou contra o fascismo, durante 48 anos, maior parte deles na clandestinidade”, afirmaram os membros da concelhia comunista, segundo os quais este comportamento “só reflete o anticomunismo primário de Carlos Carreiras”.




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