Por Valdemar Pinheiro e João Casanova Ferreira
O presidente da empresa municipal "Cascais Dinâmica" demitiu-se do
cargo, esta sexta-feira. João Manuel Ribeiro da Fonseca Calixto terá alegado discordâncias
profundas com a atuação da atual administração, pretendendo manter uma “postura
de cabeça erguida e de verticalidade”, mas ao Cascais24 o presidente
demissionário limitou-se a confirmar que “escrevi uma carta a pedir a demissão
ao senhor presidente da Câmara de Cascais” e acrescentou: “Não quero fazer comentários
sobre o assunto”.
No entanto, “o assunto” que terá levado à demissão, apurou
Cascais24, poderá estar relacionado com um projeto “megalómano” de milhões para
o Aeródromo Municipal de Cascais, em Tires, que terá sido “rejeitado” pelos
restantes membros do conselho de administração da empresa municipal.
Cascais24 procurou, entretanto, contatar a Câmara Municipal de
Cascais para obter uma posição oficial, mas sem sucesso. Apurou, todavia, junto de outras fontes oficiosas que o
presidente demissionário da Cascais Dinâmica “não vai ser substituído até ao
final do mandato” que, excepcionalmente, terminaria em janeiro de 2018, devido às eleições de outubro próximo.
João Manuel Ribeiro da Fonseca Calixto presidia desde 2010 ao
conselho de administração da Empresa "Cascais Dinâmica", sociedade anónima detida
a 99,71 por cento pela Câmara Municipal de Cascais.
O demissionário é militante do CDS, representando o partido na
Assembleia Municipal de Cascais. A administração da "Cascais Dinâmica" é composta
por três elementos, presidente e dois vogais, Filipe Miguel de Cruz e Queiroz Nascimento e Bernardo Maria Pinheiro torres Correa de Barros, nomeados em assembleia geral sob proposta da
Câmara Municipal, cujos mandatos expiram em março de 2018.
A "Cascais Dinâmica" – Gestão de Economia, Turismo e Empreendedorismo,
EM, S.A. tem por objeto social, de acordo com os seus estatutos, a promoção do
desenvolvimento económico-social, no âmbito turístico, turístico-cultural e da
prática desportiva no concelho.
Entre os equipamentos do objeto social incluem-se o Centro de
Congressos do Estoril, a Feira do Artesanato do Estoril, a Fortaleza da
Cidadela, o Hipódromo Manuel Possolo e o Aeródromo Municipal de Cascais, em
Tires.
A empresa tem ainda por objeto a fiscalização de concessões
municipais e de concessões cuja fiscalização caiba ao município, desde que
respeitem áreas relacionadas com o desenvolvimento turístico, turístico-desportivo
e desportivo no concelho, podendo ainda exercer atividades complementares, como
o estudo, desenvolvimento e implementação de projetos de exploração infraestruturais
naquele âmbito.
De acordo com o relatório e contas do exercício de 2016 da
Cascais Dinâmica a empresa registou um resultado líquido positivo de 1.822
euros tendo os órgãos sociais auferido 54.222 euros.
A propósito da demissão do presidente da "Cascais Dinâmica",
sediada no Centro de Congressos do Estoril, o vereador da CDU na autarquia,
Clemente Alves, escreveu nas redes sociais que “não obstante as muitas
diferenças políticas” que o separam de João Ribeiro da Fonseca, porta-voz do
CDS na Assembleia Municipal, reconhece tratar-se de um “homem íntegro, animado
de um sentido de serviço à causa pública e portador de valores humanistas que
são pouco comuns na família política a que pertence”.
Por lapso, foi noticiado que do conselho de administração da "Cascais Dinâmica" fazia parte o dr.º Alexandre Faria quando, na verdade, este foi substituído no cargo em maio de 2015 pelo dr.º Bernardo Correa de Barros. Ao dr.º Alexandre Faria, que preside atualmente à direção do Estoril Praia, e aos leitores as nossas desculpas.
Por lapso, foi noticiado que do conselho de administração da "Cascais Dinâmica" fazia parte o dr.º Alexandre Faria quando, na verdade, este foi substituído no cargo em maio de 2015 pelo dr.º Bernardo Correa de Barros. Ao dr.º Alexandre Faria, que preside atualmente à direção do Estoril Praia, e aos leitores as nossas desculpas.
De notar que o dr. Alexandre Faria, vogal da administração da Cascais Dinâmica, demitiu -se do cargo em Maio de 2015, em carta dirigida ao presidente da autarquia, tendo então sido substituído pelo social-democrata Corrêa de Barros.
ResponderEliminarRibeiro a Fonseca bateu com uma porta que deveria ter ficado trancada para indivíduos como Correia da Barros ... Foi pior a emenda que o soneto! Estamos mesmo entregues a uma bicharada do pior que há.
ResponderEliminarQue venha depressa o dia 1 de Outubro para que os possamos manda-los todos para o olho da rua ... de onde, aliás, nunca deveriam ter saído !