Ricardo Salgado de férias na Comporta com apresentações na GNR

Por Valdemar Pinheiro

12.08.2016
Ricardo Salgado, o ex-banqueiro do Grupo Espírito Santo, caído em desgraça e arguido em 73 inquéritos do Ministério Público, deixou a sua mansão, em Cascais, no princípio do mês, para passar férias com a família na propriedade da Comporta, no concelho de Grândola, tendo, inclusivamente, obtido do juíz Carlos Alexandre autorização para deixar de fazer as apresentações a que está obrigado junto da PSP de Cascais.

No entanto, durante a sua permanência, na Comporta, este mês de agosto, Ricardo Salgado deve apresentar-se no posto territorial da GNR local.

Dispensado, neste período, de apresentar-se na 50ª. Esquadra da PSP de Cascais, o ex-banqueiro deverá regressar à Costa do Estoril no final do mês, reiniciando as apresentações em setembro.

Em finais do ano passado, Ricardo Salgado viu transformada a prisão domiciliária, em Cascais, por apresentações periódicas na PSP local.
Apesar do juiz ter autorizado, neste mês de agosto, que Ricardo Salgado deixasse de apresentar-se em Cascais, o ex-banqueiro continua proibido de manter contactos com antigos administradores do GES e de viajar para o estrangeiro.

No âmbito dos vários processos-crime sobre o "universo Espírito Santo", como tem sido descrito pela Procuradoria-Geral da República, Ricardo Salgado é suspeito de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais. 

Em julho do ano passado, o juiz Carlos Alexandre colocou Salgado em prisão domiciliária, na sua mansão perto da Boca do Inferno, em Cascais, mas em finais ainda do ano passado, a medida de coação foi alterada para apresentações na PSP.

O Ministério Público investiga 73 inquéritos do universo Espírito Santo, alegadamente relacionados com a gestão do grupo e os atos praticados no seu interior, que terão levado à derrocada do grupo, em 2014. 

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