Monumento deixa (in) felizes "Soldados da Paz"

Por Redação CASCAIS24
O tão aguardado Monumento ao Bombeiro, inaugurado este domingo, no Parque Palmela (Foto MARQUES VALENTIM)

O Monumento ao Bombeiro do concelho de Cascais foi inaugurado este domingo, de manhã,  no Parque Palmela, em espaço rodeado de vegetação (símbolo da floresta), mas com uma concepção artística que, aparentemente, ficou muito aquém das expetativas dos mais de 500 "soldados da Paz" dos cinco corpos de Bombeiros do concelho de Cascais.

Velha aspiração dos cinco corpos de Bombeiros do concelho, o Monumento ao Bombeiro foi um projeto da artista Ana Sério, que procura "integrar e transmitir os princípios que norteiam a ação dos Soldados da Paz: Coragem, Generosidade e Solidariedade", embora esta não seja a interpretação da maioria dos bravos que integram as cinco corporações de Cascais.

"É difícil a qualquer cidadão de linéu ter a perceção imediata de que aquilo é um monumento aos Soldados da Paz", disse, a CASCAIS24 um bombeiro, indignado com o projeto que, segundo acrescentou, "para uns, os que sabem, tem o simbolismo que tem", mas para quem não sabe "não representa nada, absolutamente nada".

Esta, no entanto, foi a forma, aparentemente gratuita, sem custos, que o município de Cascais encontrou para prestar homenagem às cinco Corporações dos Bombeiros Voluntários do Concelho e respetivas Associações, pelos serviços prestados no socorro à população.

"Provavelmente, teria sido melhor transferirem os bustos do BOMBEIRO, erguidos frente aos quartéis das corporações de Alcabideche e de Parede para o Parque de Palmela", desabafou, ironicamente, um voluntário, sublinhando que, "pelo menos, assim, qualquer leigo perceberia que aquilo é uma "homenagem" aos bombeiros". 


Ministra e presidente de Cascais descerram placa  de homenagem aos bravos mortos em serviço (Foto MARQUES VALENTIM)
Nesta cerimónia foi, ainda, descerrada uma placa em homenagem aos 7 ( sete) Bombeiros Voluntários de corporações de Cascais, que morreram no cumprimento de dever desde a década dos anos 70.

Quatro deles pertenciam ao corpo de Bombeiros do Estoril, dois a Carcavelos e São Domingos de Rana e um a Alcabideche. 

Nesta placa, por acaso também só perceptível a quem olhar de frente, constam os nomes de dois voluntários mortos durante o salvamento num poço e de outro no incêndio na cadeia central do Linhó e, mais recentemente, dos voluntários Ana Rita Pereira, de Alcabideche, Bernardo Figueiredo, do Estoril, e José Moreira, de Carcavelos e São Domingos de Rana.

Familiares dos três últimos voluntários mortos no cumprimento do dever marcaram, também, presença nesta cerimónia, que contou com a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. 

Mais fotos do acontecimento:
Ministra passa revista à formatura (Foto MARQUES VALENTIM)

Carlos Carreiras fala do significado do evento, velha aspiração dos cinco corpos de Bombeiros de Cascais (Foto MARQUES VALENTIM)

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses Jaime Marta Soares também usou da palavra (Foto MARQUES VALENTIM)








 
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