Câmara retira funcionária de apoio ao vereador do PCP

Por Redação CASCAIS24

12.02.2017


Uma funcionária destacada há 12 anos na Câmara de Cascais e a desempenhar funções no gabinete de apoio ao vereador do PCP Clemente Alves, foi avisada por carta de que as suas funções cessaram e, a partir do próximo dia 1 de março, deve apresentar-se no seu lugar de origem, no município de Lisboa.

“O PCP está indignado e em total desacordo com a decisão unilateral do Presidente da Câmara Municipal de Cascais”, lê-se num comunicado divulgado pelo secretariado da comissão concelhia de Cascais do PCP, o qual considera, ainda, tratar-se de uma total afronta ao desenvolvimento do trabalho dos eleitos no quadro do poder local democrático”.

Ainda segundo o mesmo comunicado, “para o PCP os vereadores, mesmo sem pelouro, devem ter todas as condições para poderem desenvolver o trabalho para o qual foram eleitos. O conceito de poder local democrático é, para o executivo da Câmara Municipal de Cascais Carlos Carreiras/PSD/CDS-PP, desconhecido e esta é mais uma tentativa de condicionar a acção dos eleitos do PCP no município”. 

A funcionária, que pertence aos quadros da Câmara Municipal de Lisboa, encontrava-se há 12 longos anos no município de Cascais ao abrigo da cedência pior interesse público.

Por tratar-se de fim-de-semana, não foi possível a Cascais24 obter uma explicação junto de responsáveis pelo município de Cascais.

Clemente Alves
Já o vereador do PCP Clemente Alves revelou a Cascais24 que “a funcionária foi avisada por carta e eu, como vereador, só tomei conhecimento através da mesma”.

“Considero que é uma profunda desconsideração do presidente da Câmara para com um membro do executivo”, adiantou Clemente Alves, segundo o qual “ao tomar conhecimento do afastamento enviei um email ao presidente da Câmara, manifestando profunda estranheza pela decisão e, até ao momento, não obtive qualquer resposta”.

Questionado por Cascais24 acerca da funcionária em causa ser, eventualmente, substituída por outro funcionário dos quadros da própria Câmara de Cascais ao abrigo do Estatuto da Oposição, Clemente Alves afirmou que “é uma incógnita” e fica a aguardar “informação oficial da presidência”, embora como é sublinhado no comunicado do PCP “tudo será feito para reverter esta situação, para que não seja cessada a mobilidade desta trabalhadora que por sua vontade deseja manter as funções que actualmente desempenha, onde é necessária e onde tem tido uma prestação profissional muito positiva”.

 

Comentários

  1. É a "Democracia que temos", decisões unilaterais em sociedade democrática não são correctas, venham elas de onde vierem. O Sr. Presidente não representou bem o seu Partido e acima de tudo teve um profundo desrespeito pelos eleitores, que são a principal rezão do cargo que ocupa!

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  2. O RESSABIAMENTO, LEVADO AO EXTREMO. FORA COM A CANALHA CORRUPTA PPDISTA!!!

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  3. Pois...Mas por outro lado boys e girls do PSD inundam as empresas municipais de forma descarada e sem qualquer critério de competência para os cargos... A mulher de Marco António Costa foi contratada para a Associação de Turismo de Cascais, a irmã de Nuno Piteira para a Cascais Dinâmica... E assim sucessivamente. O poder autárquico em Cascais é um autêntico polvo dominado por uns déspotas que se acham donos disto tudo.

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  4. Só estranhará esta atitude do Presidente da CMC, quem não tem acompanhado minimamente a acção deste executivo.

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